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O consumidor gosta do clima natalino e espera ser surpreendido pelas lojas no final do ano. Isso influencia as vendas

O varejo aguarda ansiosa­mente pelo mês de dezembro. Só o pagamento do 13° salário é respon­sável por uma injeção de mais de R$ 50 bilhões na economia brasileira entre o final de novembro e dezem­bro. Com o bolso mais cheio e o es­pírito animado pela época de festas, os consumidores também esperam avidamente pela data. Mas não sim­plesmente para fazer compras e mais compras. Têm a expectativa de sair de casa e serem surpreendidos por um visual que não costumam en­contrar no comércio em outros me­ses do ano. Ir às lojas — sejam elas em shopping centers ou nas ruas — se transforma em um verdadeiro programa. Famílias e amigos chegam a planejar esses passeios. Por isso a decoração de Natal é um evento tão aguardado e celebrado. “O lojista que não der a devida atenção a esse momento perde a chance de sinto­nizar-se com os consumidores na época em que eles estão mais dis­postos a gastar”, afirma George Homer, designer da empresa GH&Associados, especializada em varejo.

Justamente por ser uma ocasião única, praticamente todas as regras técnicas do vitrinismo têm autori­zação para serem deixadas de lado no Natal. As vitrines podem conter muitos elementos juntos, como en­feites, bonecos e luzes, ou até mesmo nenhum produto, se for uma lo­ja cuja marca é forte o bastante para aproveitar a vitrine exclusivamente para reforçar a sua imagem institu­cional. “Nessa data aceita-se o exa­gero”, diz a decoradora Laura Falzoni, do escritório Falzoni & Alves de Lima. Isso, porém, não significa que o bom senso pode ser abandonado. “Sem dúvida há liberdade para ou­sar mais nessa época, mas o lojista não pode pura e simplesmente en­tulhar a vitrine com uma infinidade de adereços natalinos”, diz. “O con­junto, mesmo com excesso, tem de ter harmonia.”

Decoradores, designers e arquitetos afirmam em uníssono que a vitrine é o cartão de visita de qual­quer estabelecimento. É ela a gran­de responsável por fazer ou não o cliente parar e pensar se quer entrar na loja. “Claro que uma boa vitrine não é sinônimo de vendas garanti­das. Isso depende do produto, da qualidade do atendimento e para al­guns consumidores também do pre­ço. Mas é ela que tem o potencial de fazer você se destacar no meio da intensa concorrência”, afirma Patrícia Rodrigues, designer da Vitrina&Cia. Nenhum dos profissionais consulta­dos soube definir um valor mínimo que precisa ser gasto para se obter uma boa decoração de Natal. “De­pende muito do tipo de negócio, do tamanho e do interesse do comerciante”, diz Patrícia. “O que mais conta, porém, não é o dinheiro, mas a criatividade. Vi uma loja no Japão que montou uma árvore de Natal apenas com casquinhas de sorvete e o resultado ficou fantástico.” Veja abaixo algumas dicas do que fazer — ou não — para deixar sua vitrine sedutora aos olhos dos consumi­dores neste fim de ano.

– Quanto antes você começar a pensar na decoração, mais tempo terá para pesquisar e provavelmente menos gastará. Sua chance de acertar no visual também se torna maior, já que terá mais tempo para inventar algo criativo.

– Mesmo que sua loja fique em um shopping center que está enfeitado para o Natal você deve investir na decoração da vitrine. Caso contrário, apesar do grande fluxo de pessoas na porta do seu negócio, não estará atraindo a sua atenção.

– Caso a vitrine permita ver o interior da loja, procure se beneficiar disso para fazê-la pa­recer maior do que de fato é. Mas esse trabalho requer cuidado para que o resultado não seja um visual poluído. Sempre avalie o efeito do ponto de vista de quem está do lado de fora.

– Se optar por expor vários produtos na vitrine, coloque-os em alturas diferentes, a pelo menos um metro e meio do chão e com os preços do lado direito de quem olha. Mantenha uma distância de pelo menos 15 centímetros entre o produto e o adereço mais próximo.

– Como reciclar anda mais do que na moda — virou algo quase obrigatório para quem não quer parecer politicamente incorreto —, reco­menda-se, sim, a reutilização da decoração de anos anteriores. Mas só dos materiais que estiverem impecáveis e desde que o resultado final seja diferente.

– Uma vitrine de Natal fica exposta cerca de dois meses, tempo suficiente para exigir mudanças e manutenção — não há nada que denote mais desleixo do que luzes queimadas e enfeites danificados. Para mante-la atraente, o ideal é colocar uma surpresa na decoração a cada 15 dias.  

Fonte: PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS – Novembro de 2010 – Pág. 102 a 103.

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