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Sergio Luiz de Jesus

Sem dúvida nenhuma, o telemarketing tornou-se, com o passar dos anos, uma das ferramentas mais requisitadas e eficazes para as empresas que desejam comercializar produtos ou divulgar eventos e serviços.

Mas, de uns tempos para cá, algumas empresas (não só pequenas, mas muitas de grande porte, como as de cartões de crédito, assinaturas de revistas e planos de assistência médica) têm abusado do expediente de ligar para a casa do consumidor em horários impróprios, com abordagens estranhas ou com pura e simples descortesia, ao ouvirem que a pessoa não quer comprar nada.

Dia desses, ouvi o relato de uma consumidora que recebeu um contato de uma empresa de cartões de crédito. A abordagem utilizada pela operadora do telemarketing dizia que a consumidora havia ganho um lindo relógio e um seguro de vida totalmente pago e que, para fazer jus a ele, era só autorizar o envio do cartão. Só que ele custaria “apenas” três parcelas de R$ 80,00. Dá para acreditar?

Um outro relato se referia a uma ligação após as 23:30 hs numa sexta-feira. Uma casa noturna convidava, em tom jovem e intimista, para uma “esticada” até lá, em ambiente cheio de “lindas garotas”.

Uma empresa de assinatura de jornais jogou mais pesado. Querendo vender a assinatura de qualquer jeito, o operador chegou a insinuar agressivamente que se o cidadão não comprasse o produto, poderia sofrer graves conseqüências em sua vida profissional à custa de estar desinformado e desatualizado.

Ora, querer fazer negócios é algo normal. Mas quando se cria um roteiro irresponsável, quando se trabalha com pessoas agressivas e sem o devido treinamento e não se respeita o sagrado direito ao descanso do cidadão, a questão deixa de ser comercial e acaba se tornando criminal. É o chamado anti-marketing, isto é, ao invés de promover produtos e realizar negócios, uma atuação desastrada gera antipatia e inimigos naturais ao produto ou serviço.

É preciso repensar certas estratégias de abordagem e de preparo de profissionais de telemarketing, pois para alguns, “agressividade nos negócios” acaba se tornando inconveniência da grossa.

Mas a arma mais poderosa ainda é a decisão do consumidor. Se você se sentir pressionado e enganado com contatos inconvenientes e se não estiver disposto a ir à Justiça e travar batalhas contra os chatos ao telefone, faça apenas uma coisa: não compre, se possível nunca mais destas empresas. Será uma forma definitiva de coloca-las no devido lugar, até porque as empresas que mais crescem, são aquelas em que o cliente realmente é tratado como um rei.

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